A escola garantiu ter sido forçada a encerrar uma vez que a equipa de trabalho suspendeu, colectivamente, as suas funções. A nota informativa, escarrapachada na porta, explicava que tinham entrado em Processo Especial de Revitalização, o que não impedia o funcionamento. Os alunos lesados mobilizaram-se e dirigiram-se às instalações, para protestar, e ao Tribunal de Matosinhos. O processo está, contudo, a ser conduzido em Santo Tirso. São vários os alunos e familiares que quiseram agir judicialmente, tendo recebido indicação da nomeação de um administrador judicial provisório.
A vontade é reaver os valores pagos. No entanto, a esperança em ter o dinheiro de volta é escassa, entre os queixosos. A principal preocupação é ter acesso às licenças de aprendizagem, para que possam continuar a tirar a carta de condução noutra escola. Segundo Daniel Soares – advogado representante de alguns queixosos – será difícil recuperar os valores investidos se a empresa está com dificuldades financeiras.
Meses depois, a proprietária, Ana Mafalda Portela, mantém-se incontactável. A correspondência amontoa-se no chão, junto à porta de entrada, sem espaço para mais ordens judiciais. No painel publicitário – onde se lê o lema da escola: “aqui nós somos felizes”, alguém rasurou para “Infelizes roubados”. Desportivismo e humor. Assim se encara a realidade…