O ponto de partida para esta aventura literária. Foi deixada, para agora, não com intenção, mas talvez com receio de perder os (poucos) leitores, logo no início. Se ainda estão a ler (que coragem!), os meus sinceros agradecimentos! Fui educado num ambiente bairrista. Por tradição realizavam-se várias actividades conjuntas, como, festas, churrascadas e excursões. E havia sempre uma coisa que teimava em aparecer em todas as ocasiões! Parece que todos o achavam indispensável: o catraio! Não é calão para uma criança, mas sim o nome atribuído a um garrafão de vinho...
Era mais importante que o farnel, ou a vestimenta de Domingo! Pensei que fosse apenas tradição local, mas inclusive, foi a imagem nacional, durante anos, nos estádios de futebol, por esse mundo fora! O Tuga fez questão de demonstrar o seu amor à selecção, com um “catraio” enfiado na cabeça, ou pintado na barriga! Esta tradição começou a desvanecer, devido aos novos costumes e perda de bairrismo, mas ainda se encontra enraizada em algumas gerações e localidades no interior do país. Séculos de história e é esta a nossa identidade.
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