2016/05/24

O SONHO DO TEU FUTURO

Um dia depois e ainda sinto o nervoso miudinho da mais recente data que ficará gravada, para sempre, na cronologia da nossa gloriosa história. 10 de Novembro. O dia em que recuperamos a nossa liberdade perante a austeridade, crise, fascismo e outras coisas que queiram ver aqui escritas. E eu, ainda ganhei uma conta extra, do telemóvel, pois ultrapassei o plafond de Internet móvel para conseguir acompanhar novas de Lisboa. Na Assembleia teve lugar um debate, que durou dois dias, entre os dois pólos distintos. Os que queriam governar e os que queriam começar a governar. Confusos?! Não. O acordo inédito e histórico foi assinado e os partidos da oposição (a força de esquerda) apenas aguardavam pelo final do debate para entregar a moção de rejeição. Documento responsável pela queda do XX governo. O mais curto da história com 11 dias de duração. E mesmo assim deu para ver alguns aselhas e suas tristes figuras...

O povo saiu à rua! Algumas camionetas de excursão foram desviadas, da sua rota, para conseguir levar reformados até à capital. Todos a caminho das manifestações! Sim. Duas! Separadas por escassos metros e por alguns agentes de autoridade – assustados com o cheiro a naftalina – receando que os ânimos se exaltassem e tivesse lugar uma luta entre bengalas e andarilhos. Uns a favor da mudança política e os outros a favor do actual governo e austeridade. Já se gritava “liberdade”, “vitória” e “o governo caiu” duas horas antes da votação oficial. O entusiasmo tem destas coisas. A Grândola Morena também foi cantada. E assim foi o remake do 25 de Abril. Sem confrontos. Sem violência. Sem chaimites. Sem cravos. Mas, tendo em conta as reportagens televisivas, a cabidela e o vinho tinto ficarão como símbolo deste dia. Mas a história não termina aqui! Tem a palavra, Cavaco Silva. É aguardar. 

Sem comentários:

Enviar um comentário