2016/07/15

UM OUTRO MELHOR BONJOUR

Começo com uma declaração de interesse: sou português! E é com um especial sentimento de felicidade que escrevo esta crónica. Depois de tantos relatos peculiares – de um povo que insiste em fazer tudo ao contrário – congratulo-me por escrever sobre um grande feito (até parece que alguém na Selecção Nacional leu o livro que escrevi). Ao contrário de muitos profetas, bruxos de última hora e alguns “vira-casacas” confesso que nunca admiti a nossa candidatura à vitória neste torneio de futebol (Euro ’16). Como tal, aqui e agora, penitencio-me. O futebol é irracional, imprevisível e tudo aquilo que lhe queiram chamar. Mais do que nunca 11 milhões de pessoas mostraram orgulho no seu país...

O mundo adormeceu com as imagens, cores e sons dos festejos nacionais. Os Tugas libertaram-se da maldita pequenez e inferioridade gritando, bem alto, “campeões”! Provavelmente, os franceses – que nos têm acolhido e dado emprego há tantas décadas – nunca esperaram este desfecho. Espero que o saibam aceitar. Sem represálias. Sem mau perder. Já bastou ver os seus jogadores arremessarem as medalhas. E, nas ruas de Paris, ver a circular (antes do jogo) um autocarro alegórico francês. Nas próximas semanas ouvir-se-á, um outro melhor “bonjour”. Habituem-se! Uma palavra para o “special one” José Mourinho. Em tempos, numa entrevista, revelou ter como terceiro objectivo na sua carreira: «dar ao seu país um título de campeão que ainda ninguém deu». Definiu 2018 como sendo a altura ideal. O Fernando Santos (novo herói nacional) não quis esperar. Para ele, para os jogadores, para toda a equipa técnica e para todos os atletas de outras modalidades (não os podemos esquecer) que elevam o esplendor de Portugal: um enorme obrigado.

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