2018/09/27

CONFUSÃO NA MADEIRA

A marcação das eleições legislativas regionais na Madeira resultou do pedido de exoneração apresentado pelo presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, na sequência da eleição de Miguel Albuquerque para presidente da Comissão Política Regional (PSD). Desenganem-se os que pensam que a política é aborrecida. Na Madeira pode acontecer quase tudo. Até um partido eleito, neste caso o PSD-Madeira, conseguir festejar a vitória eleitoral duas vezes em menos de três dias. Foi uma noite longa e extremamente controversa. Por volta das oito da noite, Miguel Albuquerque tinha perdido a maioria absoluta. Três horas depois do edital – afixado pela comissão de verificação da Assembleia de Apuramento Geral de votos – voltava a ser o vencedor. No meio desta indefinição várias pessoas, com responsabilidades políticas relevantes, efectuaram declarações baseadas no calor do momento. Tudo comentários que poderão ser apagados. Ou não...

A explicação oficial foi bastante simples. O esquecimento de incluir os dados da ilha do Porto Santo. O edital foi afixado consagrando a CDU. Após reclamação, a Comissão Nacional de Eleições, voltou a reunir, refez os cálculos e redigiu uma acta que anulou a anterior. Estragou os festejos dos apoiantes comunistas que já celebravam uma vitória histórica. Até muito tarde a incógnita seria revelada. Primeiro com um erro. Depois com uma certeza que merece recurso. Por fim, com uma reunião tensa entre representantes dos partidos para apaziguar os ânimos. As críticas multiplicam-se. Alguém tem de assumir a responsabilidade pela euforia momentânea e consequente balde de água fria. Porque isto, meus senhores, é brincar com as pessoas! Não se faz.

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