2018/10/12

UMA CRÓNICA SURREAL

Dado o teor das crónicas que escrevo tenho receio que os leitores comecem a pensar que tudo isto é fruto da minha imaginação. Pudesse eu dizer que sim. Quero garantir que são situações reais, bizarras e insólitas que espelham comportamentos exclusivamente “Tugas”…  Em Lisboa, um cidadão deficiente motor apresentou uma reclamação na esquadra da PSP. A queixa, ao contrário do que possam imaginar, incidiu sobre os elementos da polícia. Confusos?! Eu explico. O cidadão solicitou um reboque para remover a viatura de um “espertinho” que resolveu estacionar no lugar reservado a deficientes motores. Para muitos condutores a sinalização serve para decorar as ruas. Civismo é uma qualidade que os outros devem ter...

A viatura da polícia chegou ao local e um dos agentes, de imediato, pegou no livro de multas e começou a escrever com intuito de punir o condutor em infracção. Perante tal cenário, o cidadão perguntou, ao agente, o motivo pelo qual apenas preenchia a multa e não iniciava o procedimento de reboque, porque precisava de estacionar no respectivo local: «Vá perguntar ao condutor do reboque!». Assim fez, reforçando a sua intenção com o facto de outros colegas terem, no passado, retirado outras viaturas nas mesmas condições. Infelizmente tal desrespeito, pela sinalização, era já comum… O condutor do reboque recusou-se a efectuar tal manobra por não ter experiência suficiente. E, em caso de danos na viatura rebocada seria ele a suportar os custos. Com um salário tão miserável não ousou arriscar. O crime, por cá, compensa! Mas, pelo menos, os elementos da autoridade vão passando algumas multas… Já não é mau.

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