2022/02/16

MADE IN CHINA

Há notícias que captam a nossa atenção e nos impelem a querer saber mais pormenores. Esta é uma delas! Especialmente dedicada a todos os Tugas do Norte (que estejam a ler esta crónica). Estando abrangido pela área geográfica, é claro que estou preocupado! Caros leitores, devem sair à rua com a cabeça bem levantada e os olhos postos no céu (esqueçam lá as moedas perdidas nos passeios). Muito cuidado com a Tiangong-1! Um pedaço de sucata, do tamanho de um autocarro, que vai despenhar-se no planeta Terra mas ainda não se sabe exactamente onde. Os peritos revelaram que Portugal está na rota de colisão dos destroços desta estação espacial chinesa e pode ser o feliz contemplado. Desde 1957 que a humanidade tem preenchido o espaço com lixo enviado do nosso planeta e, segundo a lei do retorno (ou karma) o entulho, mais cedo ou mais tarde, encontraria o caminho de volta. Como acontece aos inteligentes que cospem para o ar e ficam à espera…

A estação espacial foi lançada a 29 de Setembro de 2011 tentando impulsionar a China para os níveis de uma superpotência espacial. A Tiangong-1 (que significa “Palácio Celeste”) foi a primeira estação espacial chinesa a ser lançada no espaço. No entanto, no ano passado as autoridades chinesas alertaram que tinham perdido o controlo sobre o satélite. O que vem levantar a questão sobre a verdadeira qualidade do material “Made in China”. Por ser impossível controlar as comunicações o calhau metálico está, desde então, entregue às forças atmosféricas. Sei que os signos são diferentes na China mas pelo nosso calendário a Tiangong-1 é Balança: tinha tudo para correr mal. E mais não digo… A probabilidade de causar estragos é bastante diminuta, mas existe! Há registos fotográficos da passagem sobre a Alemanha e Espanha. Ou seja, parece ter vontade de conhecer a Europa antes de se despenhar. Toda a cautela é necessária! Até porque a China fez questão de recordar que a Tiangong-2 está lá, pelo espaço, desde 2016. Tal como acontece com as bugigangas electrónicas, os chineses ficam com os créditos da invenção enquanto nós, os europeus, temos de resolver os seus problemas quando “as coisas” não correm como planeado. E sem passar na alfândega!
 

Sem comentários:

Enviar um comentário