2022/02/17

O AZAR ESCONDE-SE À ESPREITA

A bola de ginástica. Existe em qualquer ginásio, mas também é o equipamento perfeito para descobrir as propriedades dos polímeros elásticos e dar trambolhões enormes. Sendo considerada actividade física – e, como tal, cansa muito – prefiro centrar as minhas atenções não para o ginásio, mas para um jantar organizado por um grupo de amigos. Sentado à mesa sei o que devo fazer! (Isto é, se não tiver à frente um faqueiro completo como se vê nas revistas que mostram a vida dos vip’s). Tudo foi organizado ao pormenor e, apesar de não ser um jantar de gala, impunha-se alguma beleza e uma higiene pessoal mais cuidada. Com algum esforço consegui cumprir os requisitos mínimos (saltei a parte do espelho meu) e aguardei a boleia. À hora marcada, por incrível que pareça, eu e alguns amigos estávamos, todos janotas, a caminho do restaurante.

O azar esconde-se à espreita e conspira para tramar a vida dos Tugas! E assim foi… Durante a viagem um dos companheiros sentiu uma terrível dor de barriga. Estando no meio de nenhum foi impossível pensar em encontrar uma casa de banho e, uma vez que o chamamento era fortíssimo, não restou outra alternativa senão procurar um pequeno canto num terreno sombrio à face da estrada apenas iluminado pela luz da Lua. Ainda teve a sorte de haver alguém com lenços de papel… Depois de terminado – e com ar rejuvenescido – juntou-se ao grupo. Apenas teve tempo de reparar que tinha agarrado ao sapato o que deveria ter ficado na vegetação! Em pânico – e já sem lenços de papel – lembrou-se daquele ditado que diz: quando se alivia um Português, seguem logo dois ou três! E, por aquilo que vi, ele deve ter sido o terceiro…
 

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