2022/02/01

QUO VADIS, MATOSINHOS?

Desenganem-se os que pensam que quero abordar a temática religiosa desta expressão latina que significa “para onde vais”. A nossa cronologia tem revelado uma terrível desavença entre o humor e religião. A minha atenção está vocacionada para outro tema problemático e deveras importante para esta belíssima cidade de horizonte e mar: a política! Nas eleições autárquicas de 2017, todos os Matosinhenses foram chamados a exercer o seu direito de voto, sendo ele consciente ou não. Alguns, mais cépticos, encontraram pretextos para não aparecer e contribuir para uma vitória esmagadora da abstenção. É a ironia dos Tugas: celebrar a queda do fascismo, festejar a conquista do direito ao voto e, depois, desprezar tudo isso. É o que temos… A situação económica, social, financeira – ou outra qualquer que queiram ver aqui escarrapachada – não é das mais aconselhadas em Matosinhos. Há dificuldades e falta de verbas, sabemos disso. E, como tal, a herança política é bastante pesada para quem for escolhido a tomar as rédeas do concelho. Um presente envenenado e mesmo assim – num tremendo acto fulminante de coragem e destreza – surgiram candidatos, candidaturas e manobras de bastidores infelizes. Deixo os pormenores sórdidos para os especialistas na matéria. Eu, seguramente, não o sou!

Considerando a óptica de cidadão eleitor posso afirmar que, tendo em conta o actual panorama, estou tentado a não sair do sofá no dia das eleições. Lamento profundamente as traições, divisões e falta de ética de alguns intervenientes, independentemente das suas cores partidárias. As forças de campanha teimaram em desenvolver todos os esforços (possíveis e impossíveis) para conseguir angariar mais um voto. Até porque, tendo em conta o nível de envelhecimento do povo matosinhense, daqui a quatro anos muitos deles já não estarão cá para votar. É aproveitar agora! Na qualidade de “filho da liberdade” (porque nasci depois de Abril ’74) vou aguardar, com expectativa, a entrega dos galhardetes, sacas de plástico, aventais, canetas e demais bugigangas chinesas. Depois, logo se vê…
 

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